terça-feira, 26 de julho de 2011
quarta-feira, 20 de julho de 2011
sábado, 2 de julho de 2011
Palavras que não cicatrizam...
Há palavras que não cicatrizam em nós,
há sempre um corte aberto, porém quieto,
certo que em algum momento voltará a sangrar.
Como pedras lançadas ao rio de beleza fascinante envolta no poder lacerante de sua chegada.
Como lança afiada de dois gumes não há como se escapar.
São como folhas secas ao vento, não se conhece o percurso nem a condição de sua estrada.
Palavras são armas poderosas que ferem a alma se proferidas de forma errada. Como bumerangues elas vem e vão, (por vezes demoram a voltar) provocam feridas, deixando marcas, reacendendo sentimentos.
Tudo é incerto, renovado, cíclico, é um devir constante de acontecimentos e precisa-se pensar bem antes de proferir armas ao vento.
arma enganosa, capciosa.
Vociferas brados lentamente fatais
corta-me as asas
feridas concisas, profundas
quisera-me por ti jamais ludibriar-me.
Entre nascer e pôr do sol
suas lembranças esvaírem-se
como fumaça ao céu,
mas suas marcas se fazem intactas
em uma latência inerente
que clama por calma
ao pesar de tão ardentes palavras
que nunca irão cicatrizar.
(Samyra Almeida)
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